Como
começou
Há
muito tempo passava pela cabeça a ideia de conhecer a Ilha de
Páscoa, mas achava pouco provável que viesse a acontecer. A
passagem de avião custava em média uns 3 mil reais.
Em
março, consultando o site Melhores Destinos, vi uma promoção de
588 reais (sem taxa de embarque), em datas específicas dos meses de
maio e junho. Verifiquei a possibilidade de marcar férias. No meu
trabalho, pode-se dividir em dois períodos. Então marquei o
primeiro período para maio, coincidindo com uma determinada semana
definida pela promoção (16 a 25) e o segundo período para julho
coincidindo com as férias da patroa.
Na
hora de marcar a viagem, em vez de fazer direto pelo site, resolvi
ligar para a Submarino (que era quem estava operando a promoção)
para saber da possibilidade de ficar uns 3 dias em Santiago
(incluindo o tradicional passeio a Vina del Mar e Valparaiso) visto
que eu ainda não conhecia aquela cidade. Me foi cobrada uma taxa de
70 reais pela alteração, com o que concordei e fechei a compra.
Passei
então a marcar os Hostels para baratear o custo, é claro, e também
porque acho o clima pra cima. Para isso, fiz pesquisas diversas pela
internet. Relato de viagens são importantes por isso: há muitas
discas de passeios, lugares, cuidados a tomar, como baixar custos,
etc...
A
Ida
Sai
do Aeroporto do Galeão por volta das 16 horas com conexão em
Guarulhos, de onde saí às 20:40 horas. Cheguei no aeroporto de
Santiago por volta de meia-noite, horário local, com uma hora a
menos de fuso horário em relação ao horário de Brasília. Já
havia pesquisado pela internet as dicas de transporte e peguei um
transfer que custou 6 mil pesos chilenos (cerca de 30 reais). O taxi
estava cerca de 15 a 20 mil pesos. A Aeroporto fica a aproximadamente
15 km do centro e o último ônibus saíra às 23:30 horas.
Fui
para o bairro Belavista, escolhido a dedo por ser o bairro boêmio de
Santiago com muitos bares e baladas. Fiquei hospedado no Hostel
Boutique Rado, mais conhecido com H. Rado, situado na rua Pio Nono,
5. Um dos melhores que já fiquei. Tudo muito novo, bonito, de bom
gosto e uma vista excelente do terraço. As pessoas que trabalham lá
são super atenciosas e de alto astral.
Os 3 figuraças de Bellavista |
Fui
ao meu quarto, guardei minhas coisas no armário, tomei um banho e,
mesmo cansado da viagem, desci para tomar uma “cerveza” no bar
Plaza Blue. Tive
aqui a meu primeiro contato imediato de 3o. Grau com os “nativos”. Três figuras sentaram na mesa ao lado da minha e algum tempo depois
perguntaram se eu estava sozinho e se queria sentar e conversar com
eles. Confesso que achei os caras um pouco esquisitos (em português
mesmo), mas fique preocupado com a reação deles e concordei. Um
deles fazia um tipo malandro carioca, o outro era um grafiteiro
revoltado com o governo chileno conservador. O terceiro disse que
era artista plástico, e um tempo depois tirou a bandana e me contou
que está com Leucemia. Pediram que eu pagasse algumas cervejas.
Paguei 3 cervejas para ficar “bem na fita” e me despedi. Fui para
um bar mais um pouco a frente e fiquei observando para ver se eles me
seguiam, o que não ocorreu. Voltei tranquilo para o H. Rado e fui
dormir.
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